O que a imagem mais compartilhada da semana passada fala sobre nossa necessidade por imagens e suas mensagens
E mais: GenZ e sua desmotivação no trabalho, Fintechs investem em conteúdo proprietário e a guerra contra os robôs raspadores de conteúdo...
O que mais me chamou atenção na imagem que chamou a atenção do mundo semana passada, foram os segundos antes que ela fosse tirada. Medina, que disputava uma vaga na final do surf masculino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, sai de um tubo perfeito com as duas mãos levantas, pedindo sua própria nota. Ela ligou uma lâmpada no sótão da minha interpretação do mundo. Aquela, já é uma imagem muito boa. Mas não entrará para a história.
Essa já entrou:
Você pode se perguntar por que ela entrou para a história. E eu posso te responder a partir de uma perspectiva apaixonada, de quem é, antes de tudo, um esteta.
Temos, na vastidão do oceano revolto sob um céu carregado de nuvens, um instante que se congela no tempo. A imagem captura a essência da liberdade e da ousadia humanas, onde o mar e o céu se fundem em uma dança de forças naturais e a presença de Medina que desafia a gravidade como Poseidon ou Percy Jackson que seja, e as leis do cotidiano. Suspenso no ar, com um braço apontando para o infinito, ele se torna um símbolo da luta eterna do homem contra os seus próprios limites. Ou, até mesmo, da vitória sobre estes limites.
Medina subiu ao Olimpo como a personificação do ideal estético de transcendência, onde o espírito humano se eleva acima das adversidades, desafiando não apenas as ondas, mas também os próprios horizontes da imaginação. Ele se torna um poema visual, uma ode à liberdade, à bravura e à infinita busca pelo sublime.
Poético, eu disse.
Mas podemos encarar de forma ainda mais mundana e prática, ainda que valiosa. O motivo que separa a imagem pedindo nota 10 daquela estilo semi-Deus flutuante é o poder da boa curadoria.
O fato só existe se observável, dizem os quânticos. A observação só vira conteúdo se pinçada do emaranhado de histórias por um olhar crítico e treinado, dizem os curadores. E é claro que o fotógrafo Jérôme Brouillet, autor da foto, atuou aqui também como agente fundamental do momento; assim como todas as publicações que reverberaram a imagem.
Separar o repetidor de barulho e a boa curadoria é uma das funções da newsletter contém conteúdo no substack que lança sua primeira edição hoje.
Como prometido no e-mail curto da semana passada, no qual perguntei “por que você quer falar de conteúdo no Substack?", traria este pequeno pensamento de abertura e mais uma coleção de histórias relevantes para gestores de marcas, seus públicos e todos aqueles interessados nas intersecções possíveis destes extremos.
Começou. Cabe a nossa disposição nos aproximar. Vamos lá.
Vale lembrar a esta news tem a ver com um lugar especial no qual vou posicionar a contemconteudo.com: como a melhor conexão entre os contratantes de projetos de conteúdo e suas audiências e criadores de histórias.
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O Mundo Codificado de Vilém Flusser explora como a sociedade moderna é moldada por códigos e tecnologias digitais, transformando a comunicação e a percepção humana. Flusser diferencia entre códigos tradicionais e novos códigos digitais, destacando o impacto das "imagens técnicas" como fotografias e filmes na nossa compreensão do mundo.
Ele critica a hegemonia da cultura escrita, sugerindo que os códigos digitais oferecem novas formas de expressão. Além disso, Flusser aborda a "sociedade programada", onde comportamentos são moldados por algoritmos, e alerta sobre a perda de autonomia individual, enquanto encoraja uma abordagem crítica e consciente às mudanças trazidas pela tecnologia.
Se você garantir o seu no botãozinho abaixo ainda movimenta a economia criativa na figura deste autor aqui. ;)